segunda-feira, 26 de outubro de 2009

LAN HOUSE COMO ALTERNATIVA DE INCLUSÃO EDUCACIONAL

As lan houses são, hoje, um importante meio de inclusão digital no Brasil e vêm desempenhando um papel crucial na difusão da Educação à Distância (EAD) pela Internet. O SEBRAE calcula que já há no país em torno de 100 mil destes estabelecimentos e que paga-se uma quantia relativamente pequena para se utilizar um computador, com acesso à internet.

Um outro dado, divulgado pela Ong Comitê pela Democratização da Informática, que dá a dimensão da crescente importância e potencial das lan houses, é o que revela que cerca de 50% dos internautas brasileiros têm acesso à internet através destes locais.

Espalhadas pelo Brasil inteiro, as lan houses ganham expressão ainda mais relevante nas regiões mais carentes, norte e nordeste, onde são registrados os maiores índices de evasão escolar do país. Dados da Cetic.br revelam que, nestas duas regiões, as lan houses são freqüentadas por quase 70% dos usuários da internet, contra 45% no Sudeste e 30% do Sul, ambas regiões com taxas mais altas de acesso doméstico e uma melhor infra-estrutura para serviços de banda larga.

Dentro desta realidade, de crescimento constante de usuários da internet e das lan houses, a Educação à Distância pela Internet (e-learning) vai se firmando como um instrumento de auxílio no combate à evasão escolar entre jovens, oferecendo as mais variadas opções para quem quer complementar seus estudos, se reciclar, aprimorar os conhecimentos, aprofundar seus conhecimentos técnicos.

Esta modalidade educacional cresce mais a cada ano em todos os níveis de ensino, com participação importante do setor privado. Só em 2007, mais de 2,5 milhões de pessoas se matricularam em cursos de EAD de educação básica, especialização e graduação, além de formação continuada e formação técnica.

É uma maneira de se estudar bem menos dispendiosa e mais flexível, em termos de disponibilidade de tempo e local do interessado. O dinamismo do processo de aprendizado é outra das vantagens, pois motiva o aluno a estudar, dando a ele um papel ativo em todo o processo. Característica cada vez mais aderente aos jovens da geração digital para os quais precisamos desenhar um novo modelo educacional. Sem dúvida neste modelo está o estudo em rede.

Numa iniciativa louvável, o Sebrae tem em andamento um projeto de apoio às lan houses, em cinco estados – Rio de Janeiro, Goiás, Sergipe, Pará e Ceará . O objetivo é injetar vigor e reduzir a informalidade no setor. A coordenadora nacional de serviços do Sebrae, Karen Sitta, explica que as lan houses estão sendo preparadas, por meio de capacitação gerencial, para que sejam reconhecidas não mais como casas de jogos, nem apenas como um espaço de acesso à internet, mas como um importante caminho para a inclusão digital.

Lembrando que boa parte das lan houses está localizada em comunidades de baixa renda, a coordenadora do Sebrae chama a atenção para a importância, neste contexto, da EAD pela internet. E adianta que o Sebrae espera ampliar o seu programa de apoio às lan houses para outros estados.
Por tudo isso, podemos visualizar a lan house como um espaço também de estudo. Acreditamos que a EAD pela Internet no Brasil está intimamente ligada ao futuro das lan houses e suas novas nuances. E as perspectivas são extremamente promissoras.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Na contramão da educação a distância

Faço questão de trazer para meu blog está análise certeira do Profº Dr. Jurandir Sell Macedo* publicada na Folha de S. Paulo (08/09/09). Eu faço parte desta experiência da UFSC e vi como a Capes jogou fora a água da banheira junto com o bebê, desconsiderando todo o pioneirismo e os incríveis resultados obtidos por esta Universidade que não teve medo de desenhar com muita competência cursos de mestrado, especialização e aperfeiçoamento, em um tempo que falar em cursos de pós-graduação pela Internet ainda era algo que cheirava a impossível!

"No final da década passada, o Laboratório de Ensino a Distância (LED) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) colocou o Brasil entre os líderes mundiais dessa tecnologia. Naquela época, os custos de infraestrutura eram extremamente elevados.

Por meio de convênios com grandes empresas privadas e estatais, foi feito um intenso trabalho e muito conhecimento foi adquirido. Porém, devido à incompreensão do processo por parte de muitos professores e particularmente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), o trabalho foi praticamente destruído.

Com o quase total desmanche do LED, diversos pesquisadores montaram pequenas instituições que ganharam destaque nacional e internacional. Hoje, videoconferências e transmissão de vídeos pela rede tornaram-se operações corriqueiras.

Graças aos poucos persistentes pesquisadores que permaneceram na UFSC, hoje, o atual Laboratório de Educação a Distância continua dominando essas tecnologias. Dez anos depois daquela experiência, a Capes acordou para a educação a distância e criou a Universidade Aberta do Brasil (UAB). A iniciativa por si só é louvável. Porém, a instituição carece da mínima compreensão sobre a direção das mudanças.

Hoje, a UAB tem um dos piores modelos de educação a distância do mundo. Estamos reproduzindo na internet os cursos por correspondência comuns no início do século passado, substituindo o livro, a mais antiga forma de educação a distância, por apostilas o que não faz nenhum sentido.

Em um país desigual e imenso como o Brasil, a educação a distância é fundamental. Infelizmente, a Capes, pela segunda vez, escolheu o caminho errado.

*JURANDIR SELL MACEDO é professor adjunto da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e pesquisador visitante na Universidade Livre de Bruxelas (ULB).

Leia o artigo completo aqui

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A WEB 2.0 muda os processos de aprendizagem?

Venho ao longo dos últimos 15 anos pesquisando sobre como as instituições educacionais podem promover e facilitar os processos de aprendizagem. Mas especificamente nos últimos 8 anos, minha pesquisa voltou-se para como tudo isso pode ser favorecido por meio das tecnologias de informação e comunicação.
Inicialmente observava nas iniciativas da educação à distância a dificuldade de implantar metodologias eficientes. O que se tinha era basicamente uma tentativa de reprodução do ensino convencional. Sendo ainda o ensino brasileiro bastante comportamentalista, não era difícil observar isso refletido nos cursos à distância.
Porém, equipes multidisciplinares no mundo todo começaram a discutir seriamente o assunto, ao perceber que as tecnologias por si só não mudariam os rumos da educação. Precisava muito mais que excelentes ambientes virtuais de aprendizagem.
Foi nesta reflexão que se construíram metodologias mais adequadas e muitas delas baseadas fortemente nas teorias de aprendizagem da linha cognitivista apoiadas pelos estudos da andragogia.
E agora, o que muda com as possibilidades de interação da WEB 2.0? Sabemos que as teorias de aprendizagem cognitivistas e a própria andragogia defendem que os processos de interação são ricos aliados na construção de conhecimentos. Assim temos na WEB 2.0 todo um conjunto de recursos para promover situações de interações.
Então fique ligado, mais uma vez não podemos esquecer que não serão as ferramentas que farão a diferença e sim o uso que faremos delas.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Educação a Distância

Meu primeiro encontro com Educação à Distância - EaD, não foi o que se pode chamar de um flerte bem sucedido. Mas, foi deste encontro que surgiu a minha forte relação com EaD e meu interesse de pesquisa. Sabia que como educadora tinha um compromisso com esta modalidade de ensino. Tudo começou a mais de 10 anos e hoje consigo ver o sucesso da modalidade e me sinto parte disso.
A Internet foi a grande impulsionadora deste sucesso e crescimento da EaD. Com a Internet veio a facilidade de comunicação de muitos para muitos e isso fez a diferença!
Bem... agora estou de olho nas possibilidades de mundos em realidade virtual...

Ah... mas isso é outro assunto...